sábado, 28 de agosto de 2010

HISTÓRIA DE CÂNDIDO MENDES-MA

Cândido Mendes - MA
Histórico
      Em 1819, foi aberta pelo Governador do Estado do Pará, Conde de Vila Flor, uma estrada com o fim de estabelecer um correio por terra, entre os Estados do Pará e do Maranhão. O fato deveu-se à existência de um caminho que tinha servido aos seus predecessores, nos séculos XVII e XVIII, no qual o Governador Francisco de Souza Coutinho fundou um lugarejo de nome Redondo, hoje Cândido Mendes, com barca de passagem para o Maranhão, tendo como principal povoador o índio João Nepomuceno.

      Desenvolvia-se a povoação quando, em 1835, com a revolta dos Cabanos, no Pará, foi incendiada e destroçada, restaurando-se, mais tarde, graças à interferência do Barão de Tromaí. Seu desbravamento deu-se com a notícia da existência de ouro.
      Por volta de 1926, os turienses, agradecidos pelos serviços prestados à causa de sua emancipação política pelo Senhor Cândido Mendes, deram seu nome à povoação de Redondo, nome aproveitado, também, para denominar o novo Município quando, em 1948, foi criado e desmembrado do de Turiaçu.
Formação Administrativa
      Distrito criado com a denominação de Cândido Mendes, pela lei estadual nº 1151, de 16-04- 1924. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de Cândido Mendes figura no município de Turiaçu. Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
     Elevado à categoria de município com a denominação de Cândido Mendes, pela lei estadual nº 190, de 22-11-1948, desmembrado de Turiaçu. Sede no antigo distrito de Cândido Mendes, constituído do distrito sede.

     Pela lei estadual nº 269, de 31-12-1948, foram criados os distritos de Aurizona, Barão de Tromaí e Estandarte e anexado ao município de Candido Mendes. Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 4 distritos: Cândido Mendes, Aurizona, Barão de Tromaí e Estandarte.
     Pela lei estadual nº 2374, de 09-06-1964, desmembra do município de Cândido Mendes o distrito de Aurizona, para constituir o novo município de Godofredo Viana.

     Em divisão territorial datada de 1-I-1979, o município é constituído de 3 distritos: Cândido Mendes, Barão de Tromaí e Estandarte.
Gentílico: candidomendense

HISTÓRIA DE ZÉ DOCA-MA: A CAPITAL DO ALTO TURI

       No dia 08 de junho de 1958 chegou por essas matas José Timóteo Ferreira, conhecido como Zé Doca, estava acompanhado da esposa, Maria Ferreira, e seus 14 filhos, muitos que nasceram na longa caminhada de Camocim, Estado do Ceará,, passando pelo Municipio de Pedreiras-MA até esta região.
        Corajoso e empreendedor, derrubou a machado as primeiras árvores do vilarejo que mais tarde ganharia o seu nome.
        Zé Doca faleceu em 11 de julho de 1960, quando o vilarejo já contava com 8 casas e pertencia a Terra Feliz, hoje conhecido como Josias.
        Em 1972 a SUDENE (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste) implantou um projeto de colonização (COLONE). Vieram muitas famílias nordestinas fugindo da seca e buscando melhores condições de vida.
       Em pouco tempo Zé Doca já era grande produtor de arroz, milho, farinha e pimenta do reino. Em 1972 a pavimentação da BR-316 consolidou o crescimento e a elevação a categoria de município veio em 04 de outubro de 1987.
       Os primeiros comerciantes logo aqui se estabeleceram, homens como: Silvestre Rocha, Hermes Brandão, Cícero Alfaiate, primeiro alfaiate da região, Raimundo Francisco Oliveira, João Luna, O nosso querido João da usina primeiro industrial aqui no município, Domingo Almeida que hospedava os técnicos da SUDENE. Muitos homens de visão empresarial que não exitaram em receber o órgão do Governo Sudene, que procurou até o ano de 1972, implantar o projeto de colonização passando essa responsabilidade a colônia a quem Zé Doca muito deve.
       Mas junto com a Sudene, chegou em 1962 o primeiro Pastor José Arcanjo de Deus e Silva que faleceu recentemente, o pastor veio para implantar a primeira igreja evangélica Assembléia de Deus.
       Foi passando o tempo e Zé Doca recebeu famílias nordestinas que assim como seu fundador vinham a procura de melhores condições de vida, fugindo das grandes secas do nordeste e eram aqui assentados nos lotes da SUDENE e posteriormente COLONE. Em pouco espaço de tempo o povoado Zé Doca se tornou um grande produtor de arroz, milho, pimenta do reino e farinha. Zé Doca se consolidou também como região importante com a construção da BR 316 e depois se tornou a "capital do Alto Turi."

REGIÃO DO ALTO TURI:
        Situada na zona noroeste do Estado, a região de Zé Doca representa o mais recente sentido da fronteira de produção rural e conseqüentes movimentos migratórios dentro do Maranhão. Trata-se, igualmente, da região integrada por maior número de municípios, dezoito ao todo. Destes municípios, somente 6 não foram implantados em 1997, o que ratifica o processo de deslocamento populacional para essa área regional, onde a abertura da BR-316 (Maranhão-Pará) exerceu papel fundamental para a formação dos núcleos rurais e urbanos que deram origem a vários dos atuais municípios, a maioria dos quais situados à margem da mencionada rodovia.
      Sua população está calculada em 243.378 habitantes, 4,3% do total estadual, ocupando uma área de 29.165,5 km2, com uma densidade demográfica de 8,34hab./km2.
       Sua arrecadação de ICMS, em 2001, foi de R$ 3,2 milhões e recolheu um montante de R$ 36,4 milhões do FPM.
       A ação governamental na Região passa a ser coordenada pela Gerência de Desenvolvimento Regional de Zé Doca, Hoje Gerência de Desenvolvimento do Alto Turi.